Gostaria de, no primeiro texto, escrever sobre o historiador Prof. Dr. Ciro Flamarion Cardoso.
Eu fui seu aluno na disciplina de metodologia na Universidade Federal Fluminense. Foi uma honra. Ali aprendi o que seria ser historiador. Ele não me conhece e nem lembra que fui seu aluno. Pouca importa. Trata-se do melhor historiador do Brasil.
Eu gosto das suas obras mais antigas, na época em que a “nouvelle histoire” ainda não tinha tido uma moda escolhida pelos historiadores brasileiros.
Não concordo com tudo que existe no texto “Uma Nova História?”, mas considero o ensaio, como crítica as ideias de Michel Foucault, bem melhor do que o livro de José Guilherme Merquior.
Na sala de aula, claro, Cardoso era bem mais irônico e crítico com o filósofo francês – o que levava os alunos ao delírio. Bons tempos.
Muitos (modistas) diriam que essa seria uma polêmica ultrapassada. Bobagem. O pensamento de Marx continua influenciando o cotidiano de todos, assim como as ideias de Michel Foucault.
Neste contexto, sempre causou estranheza usar os livros do Foucault para confirmar as teses marxistas. Aparece algo assim numa cena do primeiro filme de “Tropa de Elite”.
Deve ser lembrado que são duas metodologias diferentes: materialismo e estruturalismo.
É um erro também, como fizeram os historiadores franceses, no auge da moda da “nouvelle histoire”, simplesmente querer excluir Marx do debate (como se ele nunca tivesse existido).
Arrogância. Radicalismo. Má fé.
O universo dos historiadores não é homogêneo e nem é formado por bons samaritanos.
Eu fui seu aluno na disciplina de metodologia na Universidade Federal Fluminense. Foi uma honra. Ali aprendi o que seria ser historiador. Ele não me conhece e nem lembra que fui seu aluno. Pouca importa. Trata-se do melhor historiador do Brasil.
Eu gosto das suas obras mais antigas, na época em que a “nouvelle histoire” ainda não tinha tido uma moda escolhida pelos historiadores brasileiros.
Não concordo com tudo que existe no texto “Uma Nova História?”, mas considero o ensaio, como crítica as ideias de Michel Foucault, bem melhor do que o livro de José Guilherme Merquior.
Na sala de aula, claro, Cardoso era bem mais irônico e crítico com o filósofo francês – o que levava os alunos ao delírio. Bons tempos.
Muitos (modistas) diriam que essa seria uma polêmica ultrapassada. Bobagem. O pensamento de Marx continua influenciando o cotidiano de todos, assim como as ideias de Michel Foucault.
Neste contexto, sempre causou estranheza usar os livros do Foucault para confirmar as teses marxistas. Aparece algo assim numa cena do primeiro filme de “Tropa de Elite”.
Deve ser lembrado que são duas metodologias diferentes: materialismo e estruturalismo.
É um erro também, como fizeram os historiadores franceses, no auge da moda da “nouvelle histoire”, simplesmente querer excluir Marx do debate (como se ele nunca tivesse existido).
Arrogância. Radicalismo. Má fé.
O universo dos historiadores não é homogêneo e nem é formado por bons samaritanos.